Dra. Ivana Cassol

O herpes zoster, antigamente conhecido como cobreiro, é a reativação da infecção pelo vírus varicela zoster (catapora).

No primeiro contato, geralmente a pessoa apresenta o quadro da catapora. Depois, o sistema imune controla a infecção e fica em estado de latência.

Quando nossa imunidade “baixa” por algum motivo, o vírus fica ativo, causando lesões na pele, dor, exatamente no trajeto de um nervo.

Quem pode ter herpes zoster?

Todo mundo. Os casos são mais comuns em pessoas acima de 50 anos, com imunidade baixa (HIV, pessoas com câncer, fazendo quimioterapia, usando medicações em doenças autoimunes…), mas todas as pessoas podem desenvolver.

Quais são os sintomas?

– A dor pode aparecer antes de ter as lesões na pele, o que torna o diagnóstico mais difícil nesta fase. Pode se manifestar como queimação, em choque, pulsátil, latejante, ou com coceira. Muitas vezes é constante, ou só quando tocada. Muitos pacientes relatam piora à noite.

– As lesões na pele começam como manchas vermelhas, que se tornam bolhas que se agrupam, podendo ter pus dentro. Depois secam e viram crostas. As lesões podem ficar bastante tempo na pele, principalmente o vermelho que fica após o desaparecimento delas, durando meses. Deve-se cuidar a exposição ao sol.

Quando paro de transmitir o herpes zoster?

A transmissão ocorre no contato com as lesões ativas, pelo ar (em pacientes com imunidade baixa ou mais de um nervo acometido). Segue transmitindo até as lesões ficarem secas, em crostas.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é feito com antivirais orais ou endovenosos (pela veia / “injetáveis”). Geralmente casos na face, casos de meningite, casos oculares necessitam de tratamento endovenosos.

O tratamento cura esta crise, podendo o vírus retornar.

Quais são as complicações?

– Neuralgia pós herpética: a dor pode ficar crônica

– Infecção secundária da pele: bactérias podem entrar pelas lesões.

– Complicações auditivas e visuais

– Sequelas neurológicas em casos de meningite

Existe vacina?

É a única forma de prevenir contra a doença. Deve ser feita em quem nunca teve e em quem já teve também. Ela previne quadros mais graves e suas complicações.

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